terça-feira, 23 de outubro de 2007

DESDE ENTÃO, NADA MUDOU!

O que eu mais gosto no amor não é o facto dele existir momentaneamente, de nos encher os dias de cor e as noites de prazer, de nos fazer andar um palmo acima do chão e uma mão-travessa perto do céu. Esse amor primitivo, fácil, impetuoso, instintivo e rápido é privilégio de todos. Mas o amor profundo, dedicado, silencioso, incondicional, gratuito, dador e por tudo isso esquecido da sua própria grandeza, esse, é só para quem pode. Por isso o que eu mais gosto no amor é que alem de caber tudo lá dentro é que este amor, o verdadeiro, nunca mais acaba. Pode cansar-se, entristecer-se, ir-se um bocadinho abaixo, mas nunca morre. Pode até adoecer, mas o mal nunca é mortal, e quando recupera, é o primeiro a esquecer a dor, o sofrimento, as tristezas. O segredo é amar, amar perdidamente... entregar-se todos os dias, dar tudo sem pedir nada, ajudar sempre, pensar pela cabeça do outro e tentar perceber o que é mais importante para ele, dar-lhe paz, sossego, atenção e, acima de tudo uma vida! O verdadeiro amor, o incondicional, alimenta-se de beijos e sorrisos, de projectos e promessas de palavras e ideias. O verdadeiro amor está lá, todos os dias a todas as horas, atento e vigilante, sempre próximo e diferente, sempre preparado para abrir os braços e proteger, fechar os olhos e sonhar. O verdadeiro amor é omnipresente e omnipotente, mas nunca se cansa nem se ausenta, nunca se paga nem se subtrai. Só suspira ás vezes, para ganhar forças e seguir caminho. É este amor raro, secreto, mágico e perfeito que nos faz sermos felizes, sempre, apesar de tudo e acima de tudo. E o resto, são pequenos nadas que pertencem ao mundo dos comuns mortais.

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