quarta-feira, 24 de outubro de 2007

GOSTO!

Gosto do teu ar, do teu olhar, da tua forma de andar, das tuas mãos guardadas nas minhas, gosto de te cheirar, de te sentir, de me calar para te ouvir, de me deitar ao teu lado para dormir e depois acordar, depois espreguiçar-me e levantar, e rir e dançar e cantar e cada dia outra vez começar um novo dia a sonhar. Gosto da tua boca certa e do teu cabelo farto, da tua voz cantada e aconchegante, dos teus beijos longos, dos teus abraços infinitos, das tuas piadas e risadas, dos teus braços à volta dos meus, as duas cabeças encostadas, os ombros em paralelo, as pernas dobradas e os pés juntos, gosto do teu hálito fresco e do teu sorriso aberto, da tua cabeça arejada e do teu olhar mais secreto, gosto de te ver junto ao meu peito a contar as batidas do meu coração, de sentir que estás sempre perto e sempre estarás, que vives cá dentro e mesmo na ausência, quando só te vejo com os olhos fechados e as mãos juntas em concha, sei que és perfeito, sei que voltarás, sei que estás quase a chegar, que cada minuto que passa é só mais uma etapa na minha espera, por isso espero calada e feliz, e nas letras que transformo em palavras imagino a cor e o sabor deste amor, deixo-me levar, crescem-me asas e de repente desato a voar, a voar... E então, já não sou eu, olho-me no céu e vejo um balão cheio de mel, tu puxas o fio como uma criança que guia o seu papagaio no dia de sol e ventania, agora mais para cima, até ás nuvens, agora em frente, a sobrevoar o mar, depois em cima das dunas, cá em cima o mundo é todo liso, só a tua silhueta se desenha, se destaca e se revela num horizonte imenso e infinito e então tu puxas o fio, eu desço devagar, cada momento que te vejo mais próximo é eterno e irrepetível, cada momento é nosso e só nosso e quando me apertas outra vez nos braços e me dizes baixinho quero-te, quero-te, quero-te, só me apetece rir e chorar... Gosto de te ver a rir e a brincar, gosto do teu cheiro e do teu olhar, gosto de te ter sempre por perto e de sentir que tudo está certo, de saber que afinal vale a pena acreditar que um dia a paz acaba mesmo por chegar, que não há esperas vãs nem dias perdidos, que todas as noites são de lua cheia e todas as manhãs estão cheias de ti, meu amor, quero-te , quero-te, quero-te... Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar para sempre lá dentro, guarda-me em ti e espera sem esperar a cada dia que passar, que este meu amor imenso e doce resista ao medo, resista a tudo e não precise de mais nada a não ser de ti... de quem eu gosto, gosto, gosto....

4 comentários:

ritinha disse...

Por aqui, hein?
e não dizias nada? ;p
amo o que postas.. pareces mesmo apaixonada!! ;p loOl *

beijinhos*

Pedro Miguel disse...

Penso que andam a copiar os teus textos.

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=454459639610&set=a.431115559610.214995.645899610

Annie disse...

O texto é da Margarida Rebelo Pinto, por isso não devem andar a copiar Pedro...

Lúcia Campinho disse...

Belo texto!